Hoje* eu fui
surpreendido
fiquei pasmo e
entristecido
O Amigo disse a
mensagem:
a Professora, a
Escritora
Senti o impacto: o
entalo
com a voz, querendo
faltar.
que eu não sei bem
definir.
sentindo a perda da
Amiga,
“que acabara de
partir!”.
que escrevesse algum
artigo
aos “olhos
enlagrimados”,
que, no seu reino,
governa
quem parte e quem fica
aflito.
“Meu olhar foi um
bendito
que eu fiz pela alma
dela.
E a luz do Sol foi a
vela
que junto “a Hilma”
estivesse
Hilma Freire, a
Professora,
tem um texto que eu
guardei:
do seu tempo de
Escritora.
De dois livros, é
autora:
dos que foram
publicados,
nas dependências de um
lar —,
Tem* um livro que nos
fez
sempre os mesmos, toda
vez!
Eu sempre lhe serei
grato
como o “artista” a que
sou dado:
“revisor de texto”,
nato.
* Ela
tem: Educação política.
meu bom “amigo do
peito”.
Hilma Freire, muito
humana,
revisor que não se
engana.
— embora aparentemente
—,
por ser forte,
resistente,
não se queixasse de
nada.
E com a sua fé ou
crença,
Não se entregava ao
cansaço,
nem se apresentava
tensa.
não faltava um bom
pretexto:
de seis temas
escolhidos,
era do primeiro ao
sexto.
Hilma foi escritora
crítica.
que o lixeiro possa
ver”.
que outra, seu pai não
fizera?
Na certa, sua mãe
quisera!
Mas quem sabe? Sua
tendência
não dependeu só dos
pais:
para um “jardim
encantado”
“Se é no Céu como no
pó”,
seu corpo aqui não está
só,
Vou ficando aqui, na
terra,
com “a Mão Natural* que
filma
o cortejo que se
encerra”.
Depois que o corpo se
enterra,
Hilma era
espiritualista.
Pelo que eu pude
entender,
com amor à vida e
humildade
a “quem foi, mas não
sumiu:
e está com os entes
seus”.
por isso, não fica
ausente;
ela está viva ou
presente
mas, com o título de
“amigo”,
“Estou vendo” o
campanário
onde dobram corda e
sinos.
“Ouço” a cantiga dos
hinos
na voz do público
presente.
Mas, como estão os
parentes
O que estão tomando
agora
para as dores
inclementes?
“Das mentes, façam
correntes
que ligam seus
corações!”.
(provavelmente
incompleto)
de um ser humano
gregário.
ou em outro local
seguro.
“para tirá-lo do
escuro”.
com o suspiro
derradeiro.
— da terra
missão-velhense —
“Missão Velha
entristeceu-se”
com a notícia desse
caso;
e mais cedo,
escureceu-se.
a certeza de Outra
Vida”!.
7 LIVRO LÚPUS
SEM MARTÍRIO
“como quem sabe a
andorinha,
onde mora ou quer
morar”*.
o seu “martírio sem
dor”;
*
Conhecer o segredo da mensagem.
Não lhe faltava um
alento.
nunca se deu por
cansada.
Doente de Lúpus precisa
seguir/
o exemplo de quem se
renova na Fé:/
pergunta ao seu médico
“o remédio, qual é";/
acredita em Deus, para
não se afligir./
Ao lado de amigos, irá
conseguir/
vencer preconceito e
suportar a dor./
Em vez de ser mais um
“pobre sofredor”,/
faz, do seu martírio,
motivo de ser/
mais forte que a dor —
para sempre viver/
“feliz na doença” — com
luz e amor!
8 ALUSÃO AO POETA BIU
PEREIRA
E para que o povo
cheire,
a Professora Hilma
Freire
da “Baixa do
Tinguizeiro”
foi com o amigo
solidário,
para quem gosta da
estética:
tê-lo visto
pessoalmente;
27) Organizadores da Antologia
pra que o cigarro
apagasse
Lúpus, tristeza e
agonia,
com essas “notas de
pesar”.
Quando um parente
chorar,
ouço um “canto de
tristeza” —
que a família
compartilha,
como a de Hilma, que
fervilha*
entre o Luto e Vela
Acesa.
*
"fervilha" no sentido de estar inquieta.
e
Colecionador de livros.