livro guia de trabalho do revisor de texto valdir

Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

31/12/2017

Como e porque eu escrevo

I Como eu escrevo (trecho com letra azul)

        1) Neutralidade é possível?
Procurei ver como autor 
fica neutro no que escreve, 
pois é claro: não se deve 
ser, do Mundo, o professor. 
Vendo ideias de escritor, 
percebi sua prudência
para não deixar pendência 
nem botar mais uma sobra.
Mas achei que toda obra 
rodeia alguma tendência.

        2) Cumplicidade autoral 
Para escrever com isenção, 
procurei diversas formas, 
procedimentos e normas 
de expressar a opinião. 
Mas não achei exceção 
de cúmplice na autoria. 
De toda obra que eu lia, 
olhava a síntese biográfica: 
até um livro de Kafka¹ 
com o próprio Autor parecia.
¹ Ver: http://pensador.uol.com.br/autor/franz_kafka/

        3) Preciosidade conclusiva
Conclusão é uma peça muito cara —
no trabalho do curso acadêmico,
no combate a um surto endêmico,
no plantio regado da seara;
na viagem que faz o pau-de-arara,
na escora segura do espeto;
no palpite de sorte do amuleto
e do jogo de azar, que nem se fala;
é na aula que o mestre dá na sala
e na "chave de ouro" do soneto.

Estrofe acima (décima) com decasssílabos (10 sílabas poéticas) e rimas ABBAACCDDC.

4) Uma oficina, três conjuntos (poemeto)
        ou: Oficina poética harmoniosa
        ou: Linha de montagem poética

Faço a montagem do verso
na linha da poesia.
Do torto, faço o inverso,
dando métrica e harmonia.

Desse “conjunto-universo”¹,
sai uma equação² que cria
“conjunto-verdade”³ imerso
em teorema e teoria
ou “conjunto controverso”
que anima a Filosofia.

E o poema que eu disperso
não fere nem desafia.

¹ ² ³ Termos emprestados da linguagem matemática (teoria de conjuntos).
(Vai para postagem Quem sou - imagem poética.)

        5) Brincadeira de poeta
Quem me conhece já sabe:
com papel, sou quase um louco —
rápido, escrevendo um pouco
da estrofe que não se acabe!
Receia que eu desabe
do alto de uma ladeira
ou por cima da cadeira
com uma caneta na mão
e outra, caindo no chão,
"cada qual a mais ligeira!".

Quadrinhas de valdir

        6) Dilema verbal
Não escrevo como falo,
porque é relaxamento.
E não falo como escrevo,
porque assim me ostento.
Vai para postagem Frases da arte de escrever. 

       7) Parodiando Heráclito
A arte da Criação
tem o seu único momento:
não faço a mesma versão
do mesmo texto que invento.

        8) Silêncio produtivo!
É durante o silêncio que achamos 
o maior rendimento no estudo.
Uma escrita de melhor conteúdo
sai também quando nos silenciamos.
Estudando, escrevendo, fabricamos
"diferentes produtos" ou achados —
que, talvez, não se encontrem nos mercados,
mas têm marca da nossa persistência,
com uma nova lição e mais fluência, 
a serviço de alguns aprendizados. 

      9) Autoria responsável (em sete linhas)
Como pretenso escritor,
eu também passo a dizer
o que já disse outro autor
como bem eu entender,
sem ter de ser seguidor
da sua obra, seu teor ,
e sim, do que eu defender.

      10) 
Mas, também, por outro lado,
eu tenho de observar,
do autor referenciado,
tudo que eu interpretar.
É porque sua ciência
junta-se à experiência 
para me orientar.

Sete linhas

      11) Conclusivo
Como escritor e poeta, 
procuro incessantemente 
o verso ou frase completa, 
para o que meu peito sente; 
mesmo, falando em dieta, 
dou a volta ou faço a reta 
de uma norma concludente. 

Décimas em redondilha maior

      12) Sob pressão: sonho e controvérsia 
Não é pela inspiração,
como fazem outros vates,  
que eu escrevo meus quilates
ou peças de criação.
Escrevo sob pressão,
por motivos variados:
"de sonhos realizados
à realidade perversa"; 
da matéria controversa
aos temas pacificados. 

      13) Sob pressão: internado, sepultado
Que dizer do internamento
na clínica, no hospital,
após o Clínico Geral
prescrever medicamento? 
"no leito do esquecimento",
sem medicação suprida?
sem assistência devida? 
Deixa enfermo em desespero
a pensar no exagero
de estar "sepultado em vida"! 

II Porque eu escrevo (trecho com letra preta)

      1) Perenidade poética
A Poesia suspende
o espírito e a matéria
a uma dimensão aérea
em que o físico transcende.
Esse nível compreende
paz, meditação e prece.
O céu azul* oferece
vida e passagem completa
ao coração de um poeta
que "para, mas não perece!".
* a cor azul é criativa e espiritual.

      2) Necessidade invertida 
Parar de escrever? Não posso!
Já tentei e não consegui.
Faz muito tempo que eu vi:
a escrita é o meu "pai-nosso"
e o "melhor prato" que almoço —,
confortando corpo e mente;
é mais espiritualmente
do que no plano carnal; 
nem fome, eu sinto, afinal,
enquanto estou escrevendo:
vou desse jeito, "invertendo 
a ordem física e mental".

      3) Excepcional lazer
Parar de escrever, não paro.
Sinto-me bem, escrevendo.
Vou assim me entretendo
com o meu "lazer muito raro".
Entretido, eu sinto o "faro"¹
de uma cena alegre ou triste —
de muito drama que existe!
Exponho em perspectiva²
"ponto, linha"³ ou iniciativa
que o olho humano aviste.
¹ faro (figurado): perspicácia, discernimento; intuição.
¹ perspectiva de abordagem ou tema delimitado.
³ ponto de vista, linha de pensamento.

      4) Atração de fluido etéreo
Por que escrevo? É um mistério: 
conta dentro do meu ser! 
Quando penso em escrever, 
atraio um fluido etéreo. 
Meu "silêncio de ermitério"¹ 
ajuda esse magnetismo. 
Crio texto e aforismo,
invento que sou poeta²;
e nessa conta secreta,
uso letra e algarismo.
¹ Ermitério: o mesmo que eremitério (abrigo de eremita ou casa de campo); eremita ou ermitão é um indivíduo que, usualmente por [...] simples amor à natureza, vive em lugar deserto (https://www.dicio.com.br/eremiterio. Acesso em 25-05-17). 
² "O poeta é um fingidor" (multipessoa.net/labirinto/fernando-pessoa/1. Acesso em 25-05-17).

      5) Impulso continuado 
Já tentei, mas não alcanço,
largar escrita e papel.
Tenho um impulso fiel
que não me sai do balanço.
Quando me acordo, avanço
em busca de nova guia;
a Internet é uma via
de escape e de saber;
então começo a fazer
mais uma estrofe do dia.

"Parto da criação poética"
ou de tudo quanto eu denominar "minha criação artística".
Natural e prazeroso. O poema é um filho nascido da Poesia, de cujo parto, eu (como pretenso poeta), sinto a dor, ou melhor, o prazer, ou prazer com a dor.

      6) Momento feliz da criação 
      (com a poesia personificada) 
O poema é um filho da Poesia¹ 
da qual nasce originariamente. 
E a dor do seu parto — quem a sente?² 
Eu, poeta, "quando ela vai 'dar cria'”. 
Mas, em vez de eu sofrer em demasia, 
tenho aí uma fonte de prazer! 
Como todo filho que vai nascer, 
pode sair perfeito ou com problema. 
A Poesia é a mãe do meu poema³ 
que, por gosto, eu costumo refazer. 

¹ “...a poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão...” (
Pedro, meu filho. Vinícius de Moraes). 
² Uma faceta do meu processo criativo. 
³ Poema é o texto escrito em verso. Poesia é a manifestação artística que pode estar no poema, no texto em prosa, no obeto, na imagem, etc. 

        7) Insônia: indução para escrita 
Eu me sinto muito induzido a escrever —
depois que me acordo e não acho mais sono.
Em vez de entregar-me ao revés do abandono,
anoto o que estou pretendendo fazer...
(Não posso sujar nem rasgar, nem perder
o papel da nota de um fato importante.)
A ideia que antes estava distante
começa a fazer parte do meu acervo.
E não sinto enfado nem falta de nervo;
a escrita serviu de recurso e calmante. 
Estrofe acima tem 10 versos (décima), versos hendecassílabos (11 sílabas métricas) e rimas intercaladas (abbaaccddc). 

Musa. A musa inspiradora é como anjo: não tem gênero (masculino, feminino, eunuco nem outro).

8) "Peso leve" na linguagem

Quem escreve tem uma inquietação
que não quer mais deixar passar em branco;
desabafa, com jeito e sendo franco,
evitando causar perturbação.
Eu também desabafo na canção,
no soneto, no mote e no aforismo;
reinvento algum neologismo
como "último recurso" do processo;
quando a Musa retorna, eu recomeço 
com uma nova dosagem de lirismo*.

* Alusão a Chico Buarque: "Todos nós herdamos do sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo".
Ver também nossa postagem: valdir motivos para escrever.


Décimas em redondilha

      9) Porque eu escrevo
O ato de escrever —/
muitos acham desgastante;/
sua rotina é maçante./
Mas escrevo por prazer.../
Então como pode ser?/
É gosto: não se discute./
E no sabor que eu desfrute,/
não vejo a hora passar/
como quem vai trabalhar/
ou, um bom jogo, dispute./

      10) Mistério silencioso 
Por que escrevo? É um mistério: 
uma conta do meu ser! 
Quando penso em escrever, 
atraio um átomo etéreo. 
Meu "silêncio de ermitério"¹ 
ajuda esse magnetismo. 
Crio texto e aforismo, 
invento que sou poeta² 
e nessa conta secreta
uso letra e algarismo. 

¹ Ermitério: o mesmo que eremitério (abrigo de eremita ou casa de campo); eremita ou ermitão é um indivíduo que, usualmente por [...] simples amor à natureza, vive em lugar deserto
 (https://www.dicio.com.br/eremiterio. Acesso em 25-05-17). 
² "O poeta é um fingidor" (multipessoa.net/labirinto/fernando-pessoa/1. Acesso em 25-05-17)

       11) Escritor: excepcional lazer 
Parar de escrever, não paro. 
Sinto-me bem, escrevendo. 
Vou assim me entretendo 
com o meu "lazer muito raro". 
Entretido, eu sinto o "faro"¹ 
de uma cena alegre ou triste — 
de muito drama que existe! 
Exponho em perspectiva² 
"ponto, linha"³ ou iniciativa 
que o olho humano aviste. 
¹ faro (figurado): perspicácia, discernimento; intuição.
² perspectiva de abordagem ou tema delimitado. 
³ ponto de vista, linha de pensamento. 

Décimas em decassílabo

       12) Blogueiro: 
      em vez de frustrado, mundializado 
Acabou-se a antiga frustração 
que eu sentia, depois que escrevia 
uma página, contudo não podia 
divulgar minha expressa opinião. 
Hoje tenho este blogue* em expansão, 
onde escrevo e publico, em abundância: 
novo espaço, alto nível, larga instância; 
o seu raio de alcance é mundial... 
Este blogue tem "jeito de um jornal 
cujo dono" lhe dá muita importância. 

* "...os blogs viraram também ferramenta de divulgação artística, possibiltando a publicação de material desenvolvido por artistas independentes como poetas, desenhistas, escritores e fotógrafos, antes impossibilitados de mostrar seu trabalho" (http://www.infoescola.com/informatica/o-que-sao-blogs/ Acesso em 10-05-17). 

Décimas em hendecassílabos

      13) Insônia: indução para escrita 
A pessoa é induzida a escrever —
enquanto se acorda e não acha mais sono.
Em vez de entregar-se ao revés do abandono,
anota o que está pretendendo fazer...
(Não pode sujar nem rasgar, nem perder
o papel da nota de um fato importante.)
A ideia que antes estava distante
começa a fazer parte do seu acervo.
Não sentiu enfado nem falta de nervo;
a escrita serviu de recurso e calmante. 

      14) Ares da Internet, como rádio no ar  
      ou "Minha postagem no ar"
O poeta sente uma satisfação,
levando o seu texto ao "ar da Internete". 
De certa maneira, ele também se entrete
com um verso que sai da imaginação.  
Consola, conforta, acalma o coração,
tornando mais leve uma dor ou pesar.  
E de manhãzinha, quando se acordar,
espera que alguém leia o que ele escreveu.
Esse tal poeta, sem fama, sou eu, 
com um blog sem voz e postagem no ar. 

      15) Como e porque: leitura motivadora ou 
            mestre em fazer bem-feito*
O poeta sente uma necessidade

de ler o que dizem os outros poetas 

a fim de achar em suas obras seletas 

o rastro da sua genialidade... 

Não quer arriscar-se com mediocridade, 

pretende também ser mais um menestrel. 

Com esse padrão, tem empenho fiel,

e assim como o príncipe deseja reinar, 

tem ele a vontade de acompanhar  

o vate que é "mestre em fazer seu papel”.


 *bem-feito (adjetivo): o seu trabalho está bem-feito; benfeito (substantivo): o seu benfeito é de grande valor. (http://www.portuguesnarede.com/2013/10/bem-feito-bem-feito-e-benfeito.html. Acesso em 14-01-18).
Décima é uma estrofe com 10 versos. Decassílabo é o verso que tem 10 sílabas poéticas; hendecassílabo é o verso que tem 11. Rimas intercaladas (abbaaccddc).

Capítulo à parte: Beleza do escritor 
Gesto, ideia, aparência e impressão, sentimento e pensamento
(outra postagem nossa com 16 estrofes).
"Linha de pensamento":
Invejar um grande vulto é seguir um bom exemplo.

Poema concebido com a ideia de (eu) imitar os escritores que admiro ou que imaginei; em alguma estrofe, já sou eu mesmo com uma "vaidade de quem pratica a arte de escrever”.

        1) Escrever
Escrever é muito bom,
é processo trabalhoso;
mas a Arte diz o tom 
do que é mais proveitoso;
e mesmo quem não tem dom 
nem rapidez de ultrassom,
acha-se um pouco famoso.

         2) Imagem, roupagem
Acho bonito o escritor,
que, com a mão, desliza a pena,
em folha grande ou pequena,
onde escreve com primor.
Pensativo ou pensador,
contempla a Sabedoria.
Imito a sua mania
de andar com uma caneta
(ou lápis) e caderneta,
rabiscando uma poesia.

        3) Hora marcada
É bonito o seu vagar —
sentado em uma cadeira,
pegando, na algibeira,
seu relógio, e marcar
o momento de parar
a escrita de um romance —
por temer que a Hora avance
e ele chegue atrasado
ao baile que foi marcado,
sem achar mais com quem dance.

        4) Boa impressão
Dançar sozinho, acho feio.
Mas, no caso do escritor,
"invento que é um 'ator',
encenando ali, no meio:
que, em passes de devaneio,
no salão, vai se encontrar
com a dama que vai chegar;
em romance, está pensando...
e a moça, quase chegando,
antes do show começar".

         5) Águia de livraria
Ao entrar na livraria,
é águia junto à estante.
Junto à mesa circulante,
não quer uma companhia!
Puxa a cadeira vazia
e vai se sentar sozinho.
Não quer saber de vizinho
que gosta de conversar
porque pode atrapalhar
seu voo de abrir caminho.

         6) Peixe de aquário
Mexendo na escrivaninha,
muda o quarto e o cenário!
Como peixe, no aquário,
não escuta campainha.
Não sabe onde é a cozinha
nem se lembra de comer.
Sua água de beber
vem de caneta e tinteiro.
Seu alimento caseiro
é o tema que escrever.

       7) Traços intelectuais
O escritor não precisa
sempre estar meditativo.
Importa ser criativo,
conhecer o que analisa;
saber fazer a divisa
entre o errado e o certo;
deixar o tema em aberto
— na hora do arremate —,
suscitando o bom debate
por quem o lê mais de perto.

        8) Usando a caneta
A caneta que escreve
é do corpo uma extensão:
reproduz a opinião
ou carta que alguém leve...
A sua tinta não deve
servir para um malfeitor.
Logo, quem for escritor
sinta amor pela caneta
e, com mesma, não cometa
ato feio ou sem valor.

        9) Dando vazão aos papéis
Escrevo por compulsão,
pois não consigo barrar
a enchente de uma vazão
que chega sem me avisar.
Tanto papel enche a mão 
que é preciso esvaziar:
em verso, prosa ou canção,
eu tenho de transformar.

10) TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)
Meu "transtorno" de escrever
é "compulsivo", constante.
Mas também é estimulante
que me "toca" e dá prazer.
Gosto de ter e fazer
uma base construtiva
com uma via alternativa
que, aos outros, também agrade.
Essa "obsessividade"
seja ação contributiva!

        11) Inveja virtuosa
Invejo o grande escritor,
querendo ser o que ele é.
"Inveja de boa-fé
suscita digno valor."
Até um grande cantor
imita outro, famoso.
Eu, como bom invejoso,
assim também me engrandeço
ou, pelo menos, pareço
um aprendiz virtuoso.

       12) Estilo e assunto
Aprendi a escrever
de um jeito que acho bonito
e a cada dia, exercito
o que estou a conceber.
Antes procuro escolher
um assunto que domine
ou, se não, que alguém me ensine;
dou forma com um novo estilo;
toco, retoco, burilo,
para que abaixo, eu assine.

        13) Autoria responsável
Então assumo a autoria
com responsabilidade.
"Autor e autoridade"
guardam esta parceria:
com a própria ideologia,
que, para uns, é viável;
para outros, condenável;
e sobre a qual, ele opina,
ganha fama quando assina
como autor, mas, responsável.

        14) Ser lido e cultuado
Ser lido é gratificante.
É mais do que pagamento:
é o reconhecimento
de um espírito longe e pensante.
"Cada leitor é um 'viajante
nas ideias' de um autor";
talvez, admirador
se gostar do conteúdo;
em geral, em pouco ou tudo,
é um, do outro, cultor.

        15) Estado unido
Escritor, eu te imito
“como Bilac, ao ourives”¹
por esse estado em que vives
sempre unido ao teu escrito.
Chegas a ficar aflito —
enquanto estou corrigindo
teu livro, que está "saindo"³
com base, fontes, doutrinas
sobre o tema que dominas
e ainda estás concluindo...
¹ Alusão à estrofe do poema Profissão de fé, Olavo Bilac:
“.................................................
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo 
Faz de uma flor.
................................................." 
² saindo: ficando pronto.        
        16) Quinteto
Escritor e revisor,
poeta, ourives e flor —
todos juntos no "amor
pela arte de escrever".
Neste momento, eu prometo
ser parte desse quinteto
para o qual eu me remeto 
sem nunca me arrepender.

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