Quadrinhas de valdir
ÍNDICE
Preliminar
1 Observando a postagem
2 Ronaldo: poeta e advogado
3 O violão por extenso
a) Dilermando Reis
b) Vilamar: "Meu Lamento"
c) Nelson Gonçalves
d) Canto na igreja
Finalmente
a) Agradecimento
b) Jurisprudência atenuante
POEMA
Preliminar
A postagem foi por mim,
curiosamente, escolhida;
e foi, do começo ao fim,
quatro ou cinco vezes, lida.
Ouvi
por uma semana.
Foi
grande a satisfação
—
cearense e paraibana —
que
senti no coração.
Fez-me
dar esta resposta,
em
versos de emoção,
por
se tratar de quem gosta
de
música e de violão.
1 Observando a postagem
Tema simples, caso raro,
fácil de poetizar:
“um jurista achou amparo
no pedido e no penar”.
Vi
um advogado amigo
nessa
petição que enceta
a
volta, ao ninho antigo,
do
violão de um poeta.
De
boêmio e seresteiro
com
voz afinada ou rouco;
De
músico, de violeiro,
muitos de nós têm um pouco.
De
promotor e juiz,
temos
também uma veia,
para
tirar um infeliz
da
suspeita ou da cadeia.
2 Ronaldo: poeta e advogado
Uma
vez, ouvi falar
em Ronaldo
Cunha Lima —,
que,
além de governar,
encantou
com sua rima.
Só
não estou bem lembrado.
Mas parece que sofreu
um
abalo (ou atentado?),
e
ao mesmo, sobreviveu.
Eu
não sabia da história
onde um poeta, causídico,
ficou
assim, na memória,
gravada
em texto jurídico.
3 O violão por extenso
a) Dilermando Reis
Gente
sorriu e chorou
ao
som do pinho e bordão.
Dilermando
Reis reinou
nas
cordas de um violão.
“A
marcha dos marinheiros”,
quem
não ouviu? é bonita!
Não
precisa de pandeiros
a
música “La cumparsita”.
b) Vilamar: "Meu Lamento"
Foi
Vilamar Damaceno
quem,
na praia, perguntou
ao
Vento, pelo aceno
da
mulher que ele amou.
Foi
tocando violão
que
ele cantou, lamentando
esse
amor feito paixão
que
o estava deixando.
c) Nelson Gonçalves
Quase
assim Nelson cantou:
“...Meu
violão, meu amigo,
saudades
que ela deixou,
hoje
eu amargo contigo...!”.
d) Canto na igreja
O
violão, numa igreja,
é
mais sonoro que o sino;
e
junta-se a quem esteja
cantando
louvor ou hino.
Finalmente
a) Agradecimento
Agradeço
ao remetente,
à Internet e a quem mais
contribuiu
para a gente
ter
menestréis e jograis.
b) Jurisprudência atenuante
Se,
naquele acontecido,
o Excelso Magistrado
não
tivesse concedido
“deferimento”
ao culpado,
O
que seria, atualmente,
de
petição semelhante —
com
norma “jurisprudente”
há
meio século, agravante?
Possivelmente Habeas Pinho é uma locução derivada de Habeas Corpus que, segundo
o dicionário de Houaiss, é termo jurídico (locução substantiva): ação
judicial com objetivo de proteger o direito de liberdade de locomoção lesado
ou ameaçado por ato abusivo de autoridade.
Esse texto em verso alude à postagem referenciada e tem a
pretensão de prestigiar as pessoas que se relacionam com a mesma.
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