[Epígrafe de “confronto”]
Teus olhos
são negros, negros...
Tua voz é a
cavatina*...
Teu sorriso
é uma aurora...
Teu seio é
vaga dourada...
Por isso, eu te amo, querida...(grifo nosso).
*Cavatina
— Música: pequena ária para solista, com seção única, sem repetição.
(O gondoleiro do amor. Castro Alves.)
Ver
http://www.tanto.com.br/castroalves-gondoleiro.htm
O teu nome me inspira,
o teu cabelo me afaga,
o teu dengo me escraviza,
o teu beijo me embriaga.
O teu coração me manda
e o teu colo me aquece;
a tua cor me enfeitiça
e o teu corpo me enlouquece.
O teu jeito me agrada,
a tua voz me encanta,
a tua fé me sublima
e o teu amor me suplanta.
O teu gosto me cativa
e os teus lábios me deleitam;
os teus braços me acolhem
e as tuas mão me enfeitam.
O teu pranto me entristece;
o teu cheiro me alucina,
o teu sorriso me alegra
e o teu olhar me domina.
O teu andar me inquieta,
o teu carinho me vence,
o teu cantar me desperta,
o teu falar me convence,
o teu viver me preocupa.
Mas teu ser não me
pertence!
Poemeto lírico: fala nos encantos da mulher idolatrada, mas não corresponde ao poeta que a vislumbra. O título saiu do verso musical "Ó linda imagem de mulher que me seduz" (letra de Freire Junior; fonte: http://www.vagalume.com.br/orlando-silva/malandrinha.html).
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