livro guia de trabalho do revisor de texto valdir

Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

26/02/2017

Vida e morte, de caixão em caixão

Vida nos caixões: 
corpo, ambulância, féretro e catacumba.

         a) Féretro e alma
Não fico mais assustado,
vendo um “caixão de defunto”
e o corpo ali dentro, junto —
todo coberto e alinhado.
Imagino o meu, lacrado,
com a alma perto, esperando
ver o coveiro, enterrando
aquela “massa* falida”,
e ela viver outra vida
onde se for “encaixando”.
* massa é a quantidade de matéria que um corpo tem (conceito da Física).

       b) A ambulância é um caixão
Muita ambulância tem
a forma retangular,
parecendo encaixotar
doentes que nela vêm.
É outro caixão também.
Já com esse, eu me assusto
porque é alto seu custo;
faço a conta no acúmulo:
"mais alto que o além-túmulo
é seu preço e médico injusto"*.
* hipérbole ou exagero.

        c) “Caixa ou caixão”, tanto faz.
        Imortalidade da alma. 
A vida por um fio de energia metafórico.
Não me cansei de falar
sobre a imortalidade  —
“fio de energicidade”
por onde a alma passar.
Meu consolo é aceitar
uma "energia cortada":
vida que se acaba em nada;
morte que começa tudo:
serei "outro conteúdo
noutra caixa* energizada".
* corpo humano.

       d) Uma alma, "três caixões"*
        Alma perenal e corpo mortal:
metafísico, metafórico, mas pragmático
A Esperança não morre,
Alma-Espírito vivifica;
a Fé cura e fortifica,
o Amor salva e socorre.
Quem pensar assim concorre
para a vida e a salvação.
O corpo vivo é um caixão,
que é pelo espírito guardado;
se morrer, fica enterrado 
"caixão em caixão no chão"*.
* corpo, féretro e catatumba.

Nota: poemeto feito dia após dia, semelhante a um folhetim (diariamente).

07/02/2017

Mote "Tenho servido de agulha"

"pra muita linha ordinária".

Parodiando o apólogo de Machado de Assis, 
A agulha e a linhaque termina assim: 
 — Também eu tenho servido de agulha 
a muita linha ordinária".

Só não servi muito a Deus,
por não ser religioso.
Mas, do pobre irmão queixoso,
escuto os queixumes seus;
dou-lhe benefícios meus
em moeda monetária;
e “a flor beneficiária
vira um espinho ou fagulha”.
(Tenho servido de agulha
pra muita linha ordinária.)

Ao nascer da alvorada,
não faço o “sinal da cruz”,
mas lembro-me de Jesus,
carregando a “cruz pesada:
foi pisado em debulhada
de semente solidária".
Como baja hereditária,
também entro na debulha.
(Tenho servido de agulha
pra muita linha ordinária.)

Sei que é muita presunção
eu me comparar a Cristo,
mas ainda falta isto:
dizer que sou seu irmão!
“Na máquina da gratidão,
abro costura diária;
e na direção contrária,
muito fio ainda se embrulha.”
(Tenho servido de agulha
pra muita linha ordinária.)

Ajudei a três partidos,
pensando que um fosse o meu;
mas o seu chefe esqueceu
o que fizemos unidos:
nós nunca fomos vencidos
em campanha partidária!
Em grupo, ele faz plenária
com barreira que me entulha.
(Tenho servido de agulha
pra muita linha ordinária.)

Hoje a minha inquietação
subiu além do limite.
Mas faço por onde evite
juntar mais perturbação:
não sigo na contramão
de uma ajuda humanitária —,
que, na hora necessária,
junto a mim, ainda se entulha.
(Tenho servido de agulha
pra muita linha ordinária.)

        Ficção de brincadeira
Dei pasagens de avião,
carro de luxo e hospedagem
aos agentes de viagem,
na crise da aviação.
Mas, na minha precisão
de voar para Bulgária,
voltei da rodoviária
da cidade de Pampulha.
(Tenho servido de agulha
pra muita linha ordinária.)

Nota: poemeto feito dia após dia, semelhante a um folhetim (diariamente).