livro guia de trabalho do revisor de texto valdir

Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

16/07/2018

Poema 16 de Julho: 1976, Turma 165, tarjeta Azul, EEAer

Retorno do Tempo ou dos fatos

    Mesmo quando os tempos são outros, acontece uma repetição dos fatos na Vida e na Natureza.
O futuro é o passado que volta à nossa vida presente. Dizemos que o Tempo não volta mais: esse tempo é cronológico, físico.
      Mas o futuro chega-nos incorporado na pessoa de um neto (incuindo genótipo da nossa preferência ou não, como a cor dos olhos, e tendência, como gosto pela música, por uma sonhada profissão). Vem como resultado de um ato que praticamos e de uma semente plantada (quando o terreno é fértil). Ademais dizemos que "A História se repete" — sem falar na repetição maçante do dia após dia.
Portanto, uma parcela do futuro  seja no tempo, seja nos fatos e em fenômenos naturais (como os biológicos)  "é a volta do que se foi" (não importa pleonasmo), é o retorno do que se originou em nós ou cumpre uma lei da vida em ciclos.
Encontramos de volta o mal que deixamos no caminho, porque ninguém o quer. E talvez não encontremos o bem que fizemos pelo motivo oposto: os outros o levam para si, odiando quem o fez  embora exista pessoa tão grata que seja capaz de sentir-se agradecida a outra, apenas por imaginar um favor recebido dessa (em algum tempo distante).

Homem, Deus e Natureza

     A propósito da fé e da religião, eu acredito que o ser humano é uma potência de energia microcósmica, tendo poder infinitamente relativo; sua vontade obedece a uma força que está fora do seu controle, mais natural do que divina.
     Entretanto, sendo cristão e espiritualista — suportando o mal e praticando o bem —, um "deus de amor e compaixão", por Ordem Natural, aparece no seu caminho para abençoá-lo e proteger a sua vida.
     É preciso o Homem andar sempre vigilante, porque Deus perdoa, é todo amoroso e faz milagre; mas a Natureza dá as ordens no Universo, que é o seu reino, incluindo o ser humano em corpo e alma, os animais, vegetais e minerais, chuva e sol; está sempre mudando e pode não ser pródiga eternamente.
   Se a Natureza for contrariada, pode reagir de maneira proporcional ou imprevisível, castigando a criatura humana, enquanto Deus a perdoaria.

15/07/2018

Concepções da arte de escrever

  cogitadas e convencionadas.  
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Escritor e jabuti. Como escritor, eu quero parecer um jabuti que expõe a cabeça fora do casco —, ficando sujeito ao ataque do caçador e bicho feroz, enquanto causa boa impressão à pessoa que o admira por ser manso, enfrentar intempérie e não se fazer de morto.
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Reler. A releitura que o autor faz no seu texto equivale à leitura do seu público almejado.
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"Meu nome é eu”. 
      Em nome da clareza de ideias ou da mensagem, perdoe-se todo egoísmo da pessoa que falar, usando muito pronome “eu”. 
      Enquanto se coloca o texto na forma impessoal por exigência da metodologia, dificulta-se a compreensão do leitor, para saber "quem é quem" no contexto de muitos atores: quem fala, sobre quem está falando, quem estava presente, sujeito simples e composto ou coletivo, além de termos intervenientes.
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Impessoal. Querendo ou não, o escritor é considerado cúmplice da sua mensagem ou citação que faz de outro, como se fossem da sua vida pessoal. Nesse ponto, a metodologia tem razão de recomendar a impessoalidade, embora prejudique a clareza.
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Título de um texto. 
    Impressiona-me bastante a pertinência com a qual uma expressão encontrada dentro de um texto serve como título para o mesmo — enquanto seu autor atribui outro que não se afina com a mensagem respectiva.
      Frequentemente observo essa curiosidade em escrito de autor famoso e meu também, que tenho modesta significância.
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Intuição e raciocínio do título. No caso do “livro”, o título temático pode ser achado mais fácil pela intuição do que pelo raciocínio. Já no “texto menor”, a lógica tem mais alcance, caso em que o pensamento fica mais apurado.
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Linguagem difícil. 
De que adianta falar ou escrever muito e ser entendido pouco? Algum escritor, mesmo clássico, deixa de ser lido por falta de clareza. A minha linguagem é simples e a mensagem deve ser clara, cristalina. 
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Linguagem no singular. 
      Para ser simples na linguagem, evita-se palavra e locução no plural. Não sendo termo técnico de precisão, a frase no singular expressa a mesma ideia do plural. 
      Dessa maneira, ainda se evita o "som sibilante do s que pede silêncio ou chama alguém durante a fala". 
      Exemplos: processo(s) revisório(s) do(s) texto(s) poético(s), acadêmico(s) e da(s) obra(s) literária(s); diga-se "muita palavra repetida" em vez de "muitas palavras repetidas"; "todo ser humano" em vez de "todos os seres humanos"; "toda pessoa" equivale a  "todas as pessoas".
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Livro e dentadura.
Semelhança. Uma dentadura está para o dentista assim como um livro está para o bibliófilo.
Excesso e exceção. 
    Por amor ao livro, compreendo o zelo extraordinário do dentista com a dentadura: ele faz tudo para restaurar um dente, e eu, uma página. 
     Mas, nem sempre o odontologista gosta muito de ler, assim como eu não sou vocacionado para a sua profissão.
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Livro e mestre. Foi dito que “O livro é um mestre mudo”, e assim eu acrescento: o autor é um livro que fala.
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Livro e monografia
Respeitando a proporção entre livro e monografia — eis uma comparação entre um e outra que pode ilustrar a autenticidade de uma obra literária.
Um aluno acadêmico faz a sua pesquisa e apresenta a mesma em seguida, na forma de monografia, ou dissertação, ou tese, para uma banca examinadora avaliar e atribuir nota ao seu trabalho de conclusão de curso (tcc).
Um autor, por sua vez, pode realizar o seu estudo e apresentar o mesmo na forma de livro, também para uma banca avaliadora, que é diferente e chama-se “público leitor” —, a quem vai caber o julgamento contínuo do seu escrito, incluindo conceito, opinião, comentário, etc. 
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Paralelo entre o nome de um livro e de uma empresa. 
O título “temático” de um texto guarda semelhança com o nome de registro ou razão social de uma firma ou empresa: informa a linha do produto ou pista de seu conteúdo.
O título “metafórico ou chamativo ou figurado” tem uma parecença com o nome de fantasia, de fachada ou de marca empresarial: gera um efeito de marketing.
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Momento da criação: ato frustrado. Sinto-me frustrado no momento da criação, quando invento uma frase e encontro outra, de outro autor, quase igual à minha. “Então eu já não sei mais de quem é o plágio: é meu? ou é  seu (dele)...?!”.
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Impressionante. Por que não conseguimos reproduzir um texto igual àquele que já fizemos? Ou ainda, quando o olhamos muito tempo depois, ficamos impressionados a ponto de estranhar o seu (nosso) teor? 
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Escrita e oratória.
      Parece que muitos escritores eruditos não nasceram para a eloquência. Em sentido inverso, há brilhantes oradores com bloqueio intelectual para a escrita. 
         Mas há escritores que conseguem ser oradores, e vice-versa: padre, pastor, jurista, jornalista, conferencista e profissional liberal são exemplos.  
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Metáfora da conlusão. Tenho achado difícil fazer duas "coisas": atribuir o título e chegar à conclusão de um texto; o primeiro ato é mirar ou mergulhar no fundo do assunto e o segundo é acertar o alvo ou emergir com vida nova; desenvolver o tema é "nadar em sua piscina e não 'morrer na ribanceira'".
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Através do tempo. Além de escrever para o momento presente, dirijo-me a muitas gerações. 
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Percepção. Ao escritor, cabe a tarefa de perceber em determinado contexto alguns aspectos que outros expectadores não viram. 
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Cacófato. É quase impossível evitar a cacofonia: tal como incidente no trânsito, saímos de uma e entramos na outra. Camões foi acusado de cacofonia ("maminha") quando escreveu "Alma minha gentil, que te partiste" em um soneto. E o que dizer da sonoridade ("til te tiste") em "gentil, que te partiste"?
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Convencionado. Em paralelo, a frase equivale a um verso, o parágrafo, uma estrofe, e o texto em prosa, um poema.
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Quem é o sujeito da oração. 
      A Metodologia recomenda que seja usada a forma impessoal na redação de um tema, especialmente, no trabalho de conclusão de curso (tcc). 
      No entanto, corremos o risco de atribuir a outra pessoa (sujeito) uma ideia ou pensamento que seja nosso; por exemplo, o plural de modéstia “nós” (em vez de “eu”) e o pronome “nós” na primeira pessoa do plural (como coletivo) pode causar uma tremenda confusão. 
   Logo, haja muito cuidado com a forma impessoal; em algum trecho, torna-se quase impossível esclarecer “quem é quem”.
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Trivial. Um sinônimo do substantivo é o verbo no infinitivo (por exemplo, o sinônimo de vida é viver).
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Poético. Em princípio, toda poesia é metafórica, bem como todo poema tem sentido figurado.
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Arte poética
Interessante é alguém querer falar em verso o que pode ser em prosa. Mas a poesia gera emoção na pessoa como energia inexplicável; e quanto mais energizada, mais inspirada.
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Ninfa. A musa inspiradora é como anjo: não tem gênero (masculino, feminino, eunuco nem outro sexo). 
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Improviso. Uma tirada na prosa equivale a um repente na poesia. 
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Prosa e poesia. 
      Convencionalmente, eu digo que o poeta é um escritor em verso e o escritor propriamente dito escreve em prosa. 
     Por outro lado, também existe a prosa poética no texto que não é poema, porém está repleto de poesia na frase, com ornamentos ou figuras de linguagem e muita "frase poetizada", ou melhor "prosa poética". De qualquer forma, é custoso aceitar que exista "poeta em prosa". 
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Verso e frase, prosa e poesia.
O texto em prosa é uma redação, o texto em verso é um poema (por exemplo, um soneto).
A poesia mora no campo das ideias ou da imaginação — enquanto o poema é a forma, conjunto de estrofes que contém a poesia.
A poesia está no verso como pode estar na frase poética; obviamente, quando a prosa é cheia de poesia, chama-se “prosa poética”.
Exemplo de prosa poética está na linguagem da missa; muita frase é metrificada e ritmada, como estas: “Esperamos entrar na vida eterna” – “A todos, dai a luz que não se apaga”. (decassílabos).
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Composto prosaico. A prosa, como a poesia, deve ser bela; como a música, seja harmoniosa; e qual um discurso, tem de ser convincente. Sendo ato criativo, deve ser bem-feita.
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Agradecer. Um dilema do agradecimento (inclusive em livro, monografia, discurso) é reconhecer o mérito de todos e só poder mencionar alguns.
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Nota escolar. 
Em vigor. Bem ou mal, a nota numérica tem sido uma forma de avaliar o aluno a qual continua em plena vigência.

Exemplo: o povo on line 6-8-15. Ou entrar direto em:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2015/08/06/noticiasjornalcotidiano,3481231/escolas-do-ceara-entre-os-melhores-resultados-do-brasil-no-enem-2014.shtml. Acesso em 28-12-15.

Nota dez. Comumente se perde questão de prova ou se esquece matéria na hora do teste, bem como vem assunto que não foi visto. Em muitas contas, o número 20 (ou a quinta parte) é uma referência, como em desconto ou acréscimo e no "quinto constitucional". Portanto, se alguém quiser tirar nota 10, é bom estudar para tirar 12, ou seja, aprender 20% (um quinto) a mais do que está pretendendo.
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Afinidade e poder. Poetas e escritores bem poderiam ser mais companheiros do que são, visto que possuem afinidade criativa. Mas, talvez, o seu poder de criação torne-os rivais. É uma pena, que não se torna maior, porque há de ser minoria.
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Limitação. Cada pessoa tem o seu limite, sendo um escritor, por exemplo, sujeito a repetir alguns de seus versos ou frases instintivamente. Logo, a repetição é um fator quase inevitável.
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Hieróglifo. Não era para ser assim, mas é comum: "escreva quem quiser e leia quem souber" (como diz a minha mãe, de bom humor com senso crítico).
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Repetição
      Repetitivo-didático. Embora a repetição seja maçante, possui duas vantagens (além de outras): uma já conhecida, que é "ajudar na aprendizagem"; e outra, que é confirmar as ideias expostas como tendência ou pequena tese. Logo, é também um meio didático. 
    Repetitivo existencial. Na vida comum, a repetição indica persistência; no direito, vira costume, que vale como uma lei; na medicação, é uma regra de ouro. O seu benefício é incalculável. (O Sol não se cansa de nascer.)
     Repetido, mas diferente. Se uma repetição for inevitável, convém que a façamos de maneira diferente e que lhe acrescentemos alguma conta, como fazemos com os números, a fim de parecer uma operação nova.