livro guia de trabalho do revisor de texto valdir

Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

26/01/2019

Menino do Poço da Pedra

 Menino do Poço 
com reminiscência, bom humor e esperança

      1) Poço no riacho
Poço da Pedra, tu és
de um bosque reminiscente;
nas tuas águas de afluente,
lavaste* muito os meus pés.
Dei pulos e cangapés
contra a tua correnteza.
Tu e eu, com a ligeireza,
eu pulava e tu corrias.
Eram alegres nossos dias
na enchente e na represa.
      *podia ser também "levaste".

      2) Arrepio de saudade
Em vez de sentir o frio
dos banhos que eu tomava,
penso agora onde nadava,
sinto os braços com arrepio.
"No inverno, hoje estou vazio¹";
com a chuva agora, estás cheio.
Quero mais andar no meio
do poço e em cima da pedra.
"Teu volume de água medra²
com a chuva e o meu devaneio."
   ¹vazio: triste. ²medra: cresce.

    3) “Ao redor do rio, tudo é ribeira”
Não achei como evitar
"riso e lágrima" de saudade;
não só por causa da idade,
mas pelo que vens lembrar:
"lembro as ondas a espumar 
e o ronco da cachoeira;
a sinfônica barulheira
que fazias, ao chover;
eu e os bichos íamos ser
crias da tua ribeira".

      4) Machismo do infante
Levei também cipoada
ou "banho quente de peia"
do menino que aperreia
sua mãe preocupada.
Eu ia, sem dizer nada,
de casa para o riacho.
Até hoje ainda eu acho
que podia ter caído
sobre um toco e ser ferido
por querer ser "muito macho".

      5) Menino das Manhãs
Ainda sou o Menino
daquelas longas manhãs;
com os meus infantis afãs,
tenho paz ou me afino.
Em campo mental, germino
os "troncos dessa lembrança".
Aquela feliz criança
volta ao leito*, à pedra e ao poço
para ver se eu fico moço
com os "banhos de esperança".
     *leito nos dois sentidos: do poço e do menino.

      6) Cisne saudoso
A nossa historinha é um fato
que mostra como eu, criança,
era feliz na bonança
de um poço à beira do mato:
leve e livre como um pato,
nadava na água parada
ou corrente e ondulada.
Qual cisne saudoso, eu digo
que "ainda és meu abrigo
nas manhãs de invernada".

      7) Poço seguro
Sou uma criança de outrora
que hoje sai pela cidade,
relembrando aquela idade,
por onde passa ou demora;
que anda, "levando lá fora
vento e água" ao ar puro.
Vejo o passado e o futuro,
"saudando a chuva que cheira
à pedra e à ribanceira
daquele poço seguro". 

Poema com a personificação de um poço no riacho e nascido em certa manhãzinha de inverno. 
Personificação ou prosopopeia é uma figura de linguagem que consiste em "atribuir a objeto inanimado ou ser irracional, sentimentos ou ações próprias do ser humano".

20/01/2019

Dia de São Sebastião 2019

      Oração de um lutador
São Sebastião, que sois bravo e arqueiro,
não vos peço lança para guerrear:
eu quero ser forte a fim de tolerar
ofensa e ataque do meu companheiro.
Os “louros” que vêm do meu nome Loureiro
podiam bem ser de sucesso e vitória:
jamais “dar a [minha] mão à palmatória”,
ter a resistência do mandacaru,
ser homem de fibra qual pé de bambu,
vencer a conduta discriminatória.

Ver também, clicando abaixo:

Dia do Farmacêutico 2019

Em suas mãos e aos seus olhos

      Com a receita na farmácia 
Tu és Farmacêutico...? Eu sou o doente
que te chama aflito, ao pé do balcão,
querendo tomar esta medicação
que o médico passou-me negligentemente. 
Não me esclarecendo o suficiente,
a minha esperança era te perguntar
a forma correta como eu vou tomar...
Entrego "em tuas mãos o papel da receita...";
e por causa dessa consulta malfeita,
eu te peço ajuda para me salvar.  

      Com a requisição laboratorial 
Tu és Bioquímico...? Eu tenho de ver
se estou com a doença que gerou suspeita
depois da consulta completa e benfeita
em que o médico vai dar o seu parecer.
Por isso, eu te imploro que tentes fazer
com o máximo rigor nesse laboratório
o exame pedido lá, no consultório.
Entrego "aos teus olhos o material..."
e espero ter um resultado final
que me livre de um centro operatório.

      Hipérbole de um farmacêutico
Farmacêutico é um profissional,
lucrando com o bem da saúde e da venda.
Trabalha de modo que o doente atenda
ao receituário que traz do hospital.
Se falta o remédio convencional,
prepara um composto e manipulado
que substitui o primeiro indicado.
“Por ele, a farmácia era do paciente”:
chegando e sofrendo com as dores que sente,
não volta sem ter o remédio comprado.

18/01/2019

Oferecimento personificado de livro

1
Livro, segue o teu caminho
nas mãos de Fada, menina
que já toca violino
desde quando é pequenina.

2
Fada, com gosto, eu te entrego
um livro de aprendizado
e do qual me desapego
para que o tenhas guardado.

3
É um tesouro que ofereço
como pequena lembrança
de Quem tem um grande apreço
pela Música e a Criança.

14/01/2019

livro-guia de trabalho do revisor de texto valdir loureiro


Clicar Aqui dispõe sobre as normas reguladoras do serviço de revisão textual que indica e oferece para o público específico (podendo ser leitor desta obra e mais alguma pessoa por ele informado).

11/01/2019

Público leitor para quem eu escrevo

Poema com 15 estrofes 
Ao meu público leitor

      1) Tino literário
Um leitor vê meu escrito,
falando no que ele sente.
Começa a pensar contente :
"eu bem podia ter dito,
mais ampliado ou restrito,
o que falou esse autor".
Com reflexo criador,
mexe o corpo e se acalma*.
Esse leitor tem na alma
um ânimo de escritor.

*nesse verso, o certo é "acalma-se", mas foi usada a forma "se acalma"´para fazer a metrica e a rima.

      2) Alusão ao perfil
Quem é o meu Público Leitor?/
É um que, na doce certa,/
quer alguma descoberta/
sobre a paz e o labor;/
quer compreender a dor/
em aspectos variados./
São os corações tocados/
pela sensibilidade./
É uma variedade /
de espíritos muito avançados. 

      3) Grande Público 
Meu grande Público Leitor!/
"és grande, mas não és meu":/ 
és de Quem Te Concebeu/
com vida, luz e amor./
Tens aqui mais um autor/
que não para de pensar./
Se queres prestigiar/
o texto que ele escrever,/
quando o dia amanhecer,/
"tens um blogue para olhar...". 

     4) Espaço na Internet
A Internete já me deu/
brilho, espaço e evidência/ 
com destaque e influência,/ 
cuidando de um blogue meu./ 
Quando eu digo Quem sou eu¹,/
faço meu Perfil discreto;/
mais adiante, eu o completo/
com outros Blogues e Interesses,/
e meu Arquivo² é um desses/
que tem o "público seleto".

¹Ver coluna à direita (entre as barras). 
²Arquivo do Blog ou Acervo. Clicar em cima do Ano ou Mês para ver umas 180 postagens diferentes.

      5) Quem sou eu 
"Quem sou eu" é uma expressão/
que soa como arrogante./
Mas eu a tornei constante/
na minha apresentação;/
isso tem uma razão,/
que é falar com mais clareza,/
dando ao Público uma certeza/
de que "só eu lhe respondo"/
por tudo que estou compondo/
na humildade e singeleza.

      6) Postagens e bom humor
"Umas duzentas" postagens
diferentes, eu já fiz: 
gente de vários perfis, 
verso e frase com mensagens; 
pensamentos e abordagens — 
tudo é parte do montante.
Não têm corpo* exuberante, 
mas têm expressividade 
para “deixar na saudade 
internauta ou navegante”.  
*corpo da postagem com o seu texto completo.

      7) Desculpa de bom gosto 
Peço desculpa ao Leitor,  
se algum conteúdo meu 
não for de interesse seu 
ou lhe cause mau humor. 
"Cada tema tem valor 
próprio, mas é relativo."  
Somente algum é exclusivo 
de órgãos e personagens; 
outros contêm homenagens 
a Amizades com que privo*. 

*privar com (é um verbo) que tem o sentido de ser estimado, conviver com filho, ter amizade com alguém. Ex.: ele priva com uma conhecida família no meio intelectual. 

      8) Impressão de convite 
Realista ou imaginado,
sai meu poema na tela,
como um astro de novela
sai televisionado.
Só por mim é ensaiado
antes de eu publicar.
Acho bom examinar
"a impressão que se transmite
na beleza do convite
subentendido no ar". 

      9) Forma de convite
Convite ao Público Leitor,
expresso ou implícito, eu faço
na imagem, no espaço,
nas palavras de valor.
Se quero ser escritor,
é dele que me acompanho;
é de quem recebo ou ganho
crítica, elogio ou aplauso
pela impressão que lhe causo:
esse “digníssimo rebanho”. 

      10) Livre-pensador
Cada "leitor meu" parece
um jurado especial
que julga meu festival
pelo qual me enaltece;
ou o meu conceito desce
na sua interpretação.
Diferente opinião!
Mas peço, no julgamento:
livre-arbítrio ao pensamento,
liberdade de expressão!  

        11) Autocrítico de bom humor
O meu Leitor não precisa
ter preocupação comigo,
depois de ler o que eu digo
sobre a minha ojeriza.
“Eu já levei muita pisa
para aprender a viver.”
Mas sei ganhar, sei perder...
E nesse “fogo cruzado”,
fiquei “mal acostumado” —
a não ter: não é a ter!

      12) Poesia reluzente
Ilustre público leitor!
És tu a minha plateia,
que sempre espera uma ideia
de bom costume e fulgor.
Quero mostrar meu penhor
de poesia reluzente.
Como ourives ao cliente
lustra corrente de ouro,
vou transformando em tesouro
verso de qualquer corrente.

Nota: as barras no final de cada verso estão fora do padrão da escrita; sua finalidade é facilitar a visão do leitor na legenda de chamada, na postagem da Internet.

      13) Capitalista prático
Escrever em poesia
para quem é pragmático
é um modo pouco prático
sem causar muita magia.
Gente que só vê o dia
com “os olhos do Capital”
não quer valor virtual
nem a verdade abstrata:
quer o cobre, o ouro e a prata
com a nota do Real.

      14) Para quem mais
Meu público leitor é um
de alto nível que já é;
tenho muita boa-fé
de não lhe causar lundum*.
Espero achar mais algum
de gosto e certa dosagem,
que entenda a minha mensagem;
monoglota ou poliglota
que esteja na mesma rota
da minha paz de abordagem.
      *Lundum ou ludu: mau humor (regionalismo).

São 14 décimas em redondilhas "maiores"; contém um pouco de falácia com muito de entusiasmo e idealismo.

      15) Carapuça desqualificada
       (ressalva em estrofe bárbara)
Quem escreve é criticado/
por quem escreve também./
É perseguido por quem/
se sentiu prejudicado:/
foi o “encarapuçado”/
que o escritor nem viu,/
que leu seu mote e saiu,/
"fazendo uma escaramuça,/
vestindo uma carapuça"/
que o autor não lhe serviu;/
gente assim já "se vestiu/
com a roupa suja que fuça".

      Carapuça desqualificada 
      (ressalva em quartetos)
Quem escreve é criticado/
por quem escreve também./
É perseguido por quem/
se sentiu prejudicado:/

foi o “encarapuçado”/
a quem o escritor nem viu,/
quem leu seu mote e saiu,/
"fazendo uma escaramuça",/

"vestindo uma carapuça"/
que o autor não lhe serviu;/
gente assim já "se vestiu/
com a roupa suja que fuça".