livro guia de trabalho do revisor de texto valdir

Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

26/06/2017

Salomão e as duas mães

Julgamento das duas mães pelo rei Salomão ou justiça de Salomão com as duas mães e o filho trocado. 

Meio-termo diferente de “meio justo”

a)  Crime complicado e “juiz” iluminado
Certo dia, foi levado
aos olhos de Salomão
um crime sem solução
de um menino assassinado.
Duas mulheres ao lado:
cada uma lhe dizia
que o filho lhe pertencia
e a outra era a criminosa.
Vendo a cena dolorosa,
o Rei “pegou quem mentia”.

b)  Meio a meio: para que serviu
Puxou a espada e falou*:
“Vou partir o filho ao meio;
e pra ‘cada mãe’ que veio,
vou dar o que lhe tocou”.
Uma das mães implorou
que o anjo ficasse intacto.
A outra “gostou do pacto”:
quis a metade cortada;
o Rei julgou-a culpada
pelo crime e seu impacto.
* Salomão falou isso em outras palavras no julgamento das duas mulheres: uma — que era a mãe legítima da criança, não aceitou cortar o filho vivo; a outra, falsa mãe, que o queria tomar, concordou com a proposta ensaiada pelo Rei para saber a verdade.

c)  Ponto central da questão
Quando uma das mães pediu
que o anjo ficasse inteiro,
o Rei achou verdadeiro
o que essa mulher sentiu.
Uma saída — ele viu
“no pinto que sai da gema”*,
pois aquela escolha extrema
só podia vir de quem
tem um filho e quer-lhe bem,
acima de estratagema**.
*Essa comparação está relacionada com a autenticidade da criança morta gerada pela mãe.
**Refere-se à astúcia da mãe impostora.

19/06/2017

O idoso e a arte de envelhecer

Desencanto, oração, ânimo e agradecimento
Realidade e metáforas do envelhecer

Roteiro do poema
1) Último desencanto
2) “Bandeira levantada”
3) Arte, vida e tempo
4) Final de festa renovada
5) Pedido a São José
6) Adulto iluminado
7) Sexagenário sonhador
8) Agradecimento bem-humorado
9) Idade e gravidade aforísticas

Poema da nossa autoria em referência ao Concurso Literário – 2017 da Academia de Letras e Artes de Paranavaí (ALAP) cujo edital está publicado na Internet. Décimas em versos hendecassílabos (11 sílabas métricas); rimas intercaladas abbaaccddc.

1) Último desencanto
“A velhice é o último desencanto” —
é isso que, às vezes, eu já tenho dito.
Ancião, sozinho, passa a noite aflito,
sem ganhar sequer um minguado acalanto;
não recebe luz, aconchego em seu canto.
Apenas um filho vem dar assistência.
Ficam os outros "perto", em longa pendência:
cada qual nos seus festivais e afazeres;
tem mais pressa com os seus filhos e haveres
do que tem com os seus velhos pais em emergência.

2) “Bandeira levantada”
“O idoso e a arte de envelhecer”*
é um tema que nos preocupa demais.
Quer sejam estranhos, ou os nossos pais,
precisam de todos para os proteger.
A longevidade já tende a crescer:
é urgente pensarmos nessa projeção.
Por necessidade de adequação
a essa realidade brasileira,
vamos! “levantemos mais esta bandeira”
em nome do idoso e em sua atenção!
  *Tema do Concurso Literário – 2017 da ALAP.

3) Arte, vida e tempo* 
"A arte é [tão] longa! [Mas] "a vida é breve".
"O tempo é uma síntese" pela qual passamos;
e tem mais valor, quando valorizamos
“aqueles a quem a família mais deve”.
Se a vida passar tão rápida como a neve,
que a arte da vida possa perdurar!
E na permanência, consiga ensinar
um “modo de envelhecer” bem mais contente
a toda pessoa (cuja idade aumente)
sem achar um jeito de se animar. 
*Slogan da ALAP: A arte é longa. A vida é breve. O tempo é síntese!”.

4) Final de festa renovada
Para ficar velho, é preciso ter arte.
“Velhice é um bolo no final da festa” —
do qual muita gente deseja o que presta
e acaba levando consigo uma parte.
Saber o restante, com quem se reparte,
é tão relevante como é a fatia:
ao dar um pedaço, ter nova alegria;
e a cada alegria, mais um renascer.
E assim demoramos a envelhecer,
“na festa que a Vida faz a cada dia”.

5) Pedido a São José
São José, ó Vós, que sois O Padroeiro
das Famílias e da Família Sagrada!
Alegrai a mãe idosa abandonada
e ao pai ancião no último paradeiro.
A Velhice faz dele um hospedeiro;
e dela, faz uma pobre desvalida.
Ó José, que tendes missão concebida,
sabeis muito bem o que é Carpintaria;
fazei "muita mesa e caixão de alegria"
que salve o idoso — ainda "nesta vida"!

6) Adulto iluminado
O próprio adulto bem que poderia
“viver seu papel natural e brilhoso”:
sentir-se feliz ao ficar mais idoso
com todas os astros que o servem de guia.
Se fizesse isso, depois acharia
mais sombra e água fria debaixo do Sol.
Em noites escuras, teria um farol
que o iluminasse até amanhecer;
“rejuvenescia, ao envelhecer —
ao canto de um cisne ou de um rouxinol”.

7) Sexagenário sonhador
Seis décadas felizes, eu já completei.
Vou passar um flash com o qual avanço:
ganhei e perdi, porém ainda alcanço
tesouros guardados que sempre juntei;
vou me recordar do quanto já amei,
recebendo glórias e sofrendo danos.
“Eu quero viver outros sessenta anos”,
pois, quando virei o rápido calendário,
tornei-me um idoso — um sexagenário
repleto de sonhos, de vidas e planos. 

8) Agradecimento bem-humorado
Ó Mãe Natureza, eu vos agradeço
por ter o meu corpo de pé, em ação —,
podendo andar pouco, ter locomoção
(passar mais à frente, dando algum tropeço);
Na rampa, na escada, também subo e desço
(com lenta passada, com dificuldade).
Mas não sinto o efeito do “peso da idade”.
Reajo tal quais os guerreiros romanos
e ainda me sinto entre os veteranos
“feliz andarilho com mobilidade”!

Nota do Regulamento do Referido Concurso. Item 5.5: “Serão aceitas obras redigidas exclusivamente em Língua Portuguesa que ainda não tenham sido publicadas em livros, jornais, revistas e periódicos impressos, não sendo impedimento à inscrição a simples divulgação anterior em páginas da internet e redes sociais” (grifo nosso).

Fonte (clique aqui para ver): http://alap.org.br/concurso/regulamento2017/
Acesso em 18-06-2017.

Abaixo uma décima em versos decassílabos (10 sílabas métricas); rimas intercaladas abbaaccddc.

9) Idade e gravidade aforísticas
Reparai o idoso no hospital
com a dor que o maltrata sobre o leito,
pois, talvez, por desígnio natural,
na velhice, estareis do mesmo jeito.
Bem assim o Destino já tem feito,
combinando com a santa Natureza.
Cai a fama, a saúde e a beleza;
fica o príncipe sem ter capacidade.
Pela força da “lei da gravidade”,
cai doente na força da realeza.

12/06/2017

Passagem do Dia dos Namorados

Retrato sob olhar descontraído
Uma namorada viaja contente,
no carro do pai ou de ônibus lotado.
Passeia, pensando no seu namorado.
Contempla “o retrato que a fez pretendente”...
A “foto pergunta” se ela ainda sente
o mesmo desejo do primeiro abraço.
A amada responde: “Adorei o laço;
sou muito feliz ao lembrar o aperto.
Apesar dos erros, foi um grande acerto 
que ‘não é maior pela falta de espaço’”. 

11/06/2017

Gratidão em quantidade e qualidade

Oração de agradecimento 
à Natureza e ao Universo pelo 
que eu já vivo, que eu já tenho, que eu já recebi.

1º ato- Grandeza infinita do plano Natural (decassílabos)
Agradeço à Divina Natureza 
pelos anos saudáveis que eu já vivo
pelos filhos que eu tenho, aos quais me privo;
prato cheio que sobra em minha mesa; 
bom trabalho que já me deu nobreza,
resistência que me ajuda a viver, 
tal coragem que me bota a vencer,
intuição que me livra do perigo.
Como "filho abastado", ainda eu digo:
"não é só o que tenho a agradecer...". 

2º ato- Poder infinito do plano Universal (decassílabos)
Agradeço ao poderoso Universo
pelos dias felizes que eu já tenho;
pelas "vias seguras"¹ em que venho,
pela inspiração que dá meu verso;
remédio que não faz “efeito inverso”²,
"detalhe que me faz ver o conjunto"³,
piedade que eu tenho do defunto;
"juventude que vejo em meu retrato"*.
Já não basta dizer que lhe sou grato;
"tanto sou que não se acaba o assunto...". 
      ¹Vias seguras: ou concretas, ou abstratas.
       ²Efeito inverso: efeito colateral, reação alérgica...
       ³conhecer o todo, observando uma parte.
       *aparente jovialidade.

3º ato- Prece e atendimento:
mãos que pedem, mão que abraça (decassílabos)
Sou um "filho feliz" que agradece
o favor recebido em suas mãos:
sejam poucos ou sejam muitos grãos,
tudo é bom, é semente que engrandece.
Sendo ouvida e atendida a minha prece,
o que eu tenho ou recebo vem de graça.
Faço em casa, na rua ou na praça,
o meu ato de agradecimento.
De acordo com o meu merecimento,
sinto a "Mão que me alcança ou me abraça". 

4º e último ato- Trono iluminado (hendecassílabos)
A minha oração de agradecimento 
estende-se ao trono que eu já recebi
um que me foi dado e não escolhi, 
trazendo-me paz ou servindo de alento. 
"Estrelas que brilham sobre o meu assento 
transformam seu forro em astro iluminado."* 
Realizo, dormindo, o que sonho sentado, 
porque o repouso é uma recompensa, 
alivia estresse e acalma doença: 
com isso, eu também tenho muito sonhado.

*Estrela é um astro "luminoso" porque tem luz própria; nesse poema, o forro do assento (pano, almofada, etc.) recebe a luz das estrelas e, por isso, imaginariamente, foi visto como "astro iluminado", que não tem luz própria, mas reflete o brilho recebido.

05/06/2017

Aniversário da minha filha Renata 2017

Poema quase "ode" para a minha filha, nascida em 5 de Junho. 
Roteiro
I- Momentos: canto, data, prenúncio.
II- Imagens: borboleta, calendário, chinela. 
III- Finais: nome, parabéns e presente. 
Seguimento adicional

I- Momentos 

1) Canto do alvorecer
Hoje, ao nascer do dia,
cantei com a voz que arrebata
um "terceto" que dizia:
“Ó maravilha de data!
Há onze anos, nascia
a minha filha Renata”.

2) Data do nascimento
No Dia cinco de junho
do Ano dois mil e seis,
tomei o meu testemunho
para sempre e de uma vez,
anotando com o meu punho:
dia, hora, ano e mês...

3) Prenúncio interligado
Minha filha, hoje é teu "dia
de nascimento" e mais vida;
luz, amor, paz, alegria 
com um "motor de partida"
para dar mais energia 
que te faz forte e sabida. 

II- Imagens 

4) Borboleta: 
beleza e renovação
És “a minha Borboleta” 
como chamo hoje, ainda.
"Faz a linda silhueta
de um voo que não se finda!"
Ao que eu faço, ou que eu prometa,
sempre tu serás bem-vinda.

5) Calendário: 
alerta do crescimento
Na parede, o calendário
"mexeu as folhas ao vento"
para lembrar que o diário
hoje tem um grande evento:
é o teu aniversário
com um "voo de crescimento". 

6) Chinela: memória à parte 
Talvez ocorra mudança
na preferência singela.
Mas eu guardo na lembrança 
teu gosto pela chinela 
com o teu jeito de criança
que virava cinderela.

III- Finais

7) Nome: significa "renascida"
Teu nome, “Renata”, é
muita graça reunida:
um sonho, um ato de fé
um novo sopro de vida. 
Sofreste, sofreste... até
vir ao Mundo “renascida”.

8) Parabéns: 
bênção e abraço
Como sempre, agora tens
minha bênção vitalícia.
Ao meu encontro, tu vens,
abrindo as mãos de carícia.
“Te abraço e dou parabéns" 
pela data natalícia! 

9) Presente:
poema simbólico
Aniversário feliz
é o que nos faz contente.
O teu ganhou um matiz
colorido e diferente:
esse poema que eu fiz
para te dar de presente. 

Adicional 

10) Seguimento genético
Como pai, em ode¹ estética,
contigo me maravilho.
De forma própria e sintética,
segues meu rumo, meu trilho.
E ao claro da luz genética, 
"eu te ofereço² algum brilho".

¹ Ode: poema lírico composto de estrofes de versos com medida igual, sempre de tom alegre e entusiástico.
² O certo é "ofereço-te" (ênclise) por não ter nada que atraia o pronome oblíquo (te). Mas foi preferido "te ofereço" (próclise) devido à linguagem afetiva.

Nota: poema em sextilhas com redondilha maior (7 sílabas métricas) e rimas alternadas "ababab".

04/06/2017

Como eu escrevo

Porque publico meu texto

        Blogueiro: 
        em vez de frustrado, mundializado
Acabou-se a antiga frustração/ 
que eu sentia, depois que escrevia/ 
uma página, contudo não podia/ 
divulgar minha expressa opinião./ 
Hoje tenho este blogue* em expansão,/ 
onde escrevo e publico, em abundância:/ 
novo espaço, alto nível, larga instância;/ 
o seu raio de alcance é mundial.../ 
Este blogue tem "jeito de um jornal/ 
cujo dono" lhe dá muita importância.
* "...os blogs viraram também ferramenta de divulgação artística, possibiltando a publicação de material desenvolvido por artistas independentes como poetas, desenhistas, escritores e fotógrafos, antes impossibilitados de mostrar seu trabalho" (http://www.infoescola.com/informatica/o-que-sao-blogs/ Acesso em 10-05-17). 

        Avião de notícia

"blogue revisor valdir":

com bons modos e sem blefe,

esse é meu "avião-chefe"¹

onde eu voo sem dormir;

sem pressa de ir e vir,

voa rápido, automático;

é um site* simples, prático.

Para o clássico ou para o vulgo,

nesse veículo² eu divulgo

meu arquivo³ programático.
¹ semelhante ao carro-chefe (figurado) elemento principal de um conjunto.
² veículo de comunicação.

³ arquivo do blog. 
site é mais sofisticado que um blog.

        "Rede e lençol internetizados*"
         * disponiblizados na Internet.
Assim como a Internet
é uma "rede global"¹,
meu blogue tem o "topete²
de ser lençol virtual",
e ao mesmo, também compete
ser multinacional.
"Quem dorme 'com ele'³ se entrete
em conforto colossal."

Clicar aqui, ver também > como e porque eu escrevo