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Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

19/06/2017

O idoso e a arte de envelhecer

Desencanto, oração, ânimo e agradecimento
Realidade e metáforas do envelhecer

Roteiro do poema
1) Último desencanto
2) “Bandeira levantada”
3) Arte, vida e tempo
4) Final de festa renovada
5) Pedido a São José
6) Adulto iluminado
7) Sexagenário sonhador
8) Agradecimento bem-humorado
9) Idade e gravidade aforísticas

Poema da nossa autoria em referência ao Concurso Literário – 2017 da Academia de Letras e Artes de Paranavaí (ALAP) cujo edital está publicado na Internet. Décimas em versos hendecassílabos (11 sílabas métricas); rimas intercaladas abbaaccddc.

1) Último desencanto
“A velhice é o último desencanto” —
é isso que, às vezes, eu já tenho dito.
Ancião, sozinho, passa a noite aflito,
sem ganhar sequer um minguado acalanto;
não recebe luz, aconchego em seu canto.
Apenas um filho vem dar assistência.
Ficam os outros "perto", em longa pendência:
cada qual nos seus festivais e afazeres;
tem mais pressa com os seus filhos e haveres
do que tem com os seus velhos pais em emergência.

2) “Bandeira levantada”
“O idoso e a arte de envelhecer”*
é um tema que nos preocupa demais.
Quer sejam estranhos, ou os nossos pais,
precisam de todos para os proteger.
A longevidade já tende a crescer:
é urgente pensarmos nessa projeção.
Por necessidade de adequação
a essa realidade brasileira,
vamos! “levantemos mais esta bandeira”
em nome do idoso e em sua atenção!
  *Tema do Concurso Literário – 2017 da ALAP.

3) Arte, vida e tempo* 
"A arte é [tão] longa! [Mas] "a vida é breve".
"O tempo é uma síntese" pela qual passamos;
e tem mais valor, quando valorizamos
“aqueles a quem a família mais deve”.
Se a vida passar tão rápida como a neve,
que a arte da vida possa perdurar!
E na permanência, consiga ensinar
um “modo de envelhecer” bem mais contente
a toda pessoa (cuja idade aumente)
sem achar um jeito de se animar. 
*Slogan da ALAP: A arte é longa. A vida é breve. O tempo é síntese!”.

4) Final de festa renovada
Para ficar velho, é preciso ter arte.
“Velhice é um bolo no final da festa” —
do qual muita gente deseja o que presta
e acaba levando consigo uma parte.
Saber o restante, com quem se reparte,
é tão relevante como é a fatia:
ao dar um pedaço, ter nova alegria;
e a cada alegria, mais um renascer.
E assim demoramos a envelhecer,
“na festa que a Vida faz a cada dia”.

5) Pedido a São José
São José, ó Vós, que sois O Padroeiro
das Famílias e da Família Sagrada!
Alegrai a mãe idosa abandonada
e ao pai ancião no último paradeiro.
A Velhice faz dele um hospedeiro;
e dela, faz uma pobre desvalida.
Ó José, que tendes missão concebida,
sabeis muito bem o que é Carpintaria;
fazei "muita mesa e caixão de alegria"
que salve o idoso — ainda "nesta vida"!

6) Adulto iluminado
O próprio adulto bem que poderia
“viver seu papel natural e brilhoso”:
sentir-se feliz ao ficar mais idoso
com todas os astros que o servem de guia.
Se fizesse isso, depois acharia
mais sombra e água fria debaixo do Sol.
Em noites escuras, teria um farol
que o iluminasse até amanhecer;
“rejuvenescia, ao envelhecer —
ao canto de um cisne ou de um rouxinol”.

7) Sexagenário sonhador
Seis décadas felizes, eu já completei.
Vou passar um flash com o qual avanço:
ganhei e perdi, porém ainda alcanço
tesouros guardados que sempre juntei;
vou me recordar do quanto já amei,
recebendo glórias e sofrendo danos.
“Eu quero viver outros sessenta anos”,
pois, quando virei o rápido calendário,
tornei-me um idoso — um sexagenário
repleto de sonhos, de vidas e planos. 

8) Agradecimento bem-humorado
Ó Mãe Natureza, eu vos agradeço
por ter o meu corpo de pé, em ação —,
podendo andar pouco, ter locomoção
(passar mais à frente, dando algum tropeço);
Na rampa, na escada, também subo e desço
(com lenta passada, com dificuldade).
Mas não sinto o efeito do “peso da idade”.
Reajo tal quais os guerreiros romanos
e ainda me sinto entre os veteranos
“feliz andarilho com mobilidade”!

Nota do Regulamento do Referido Concurso. Item 5.5: “Serão aceitas obras redigidas exclusivamente em Língua Portuguesa que ainda não tenham sido publicadas em livros, jornais, revistas e periódicos impressos, não sendo impedimento à inscrição a simples divulgação anterior em páginas da internet e redes sociais” (grifo nosso).

Fonte (clique aqui para ver): http://alap.org.br/concurso/regulamento2017/
Acesso em 18-06-2017.

Abaixo uma décima em versos decassílabos (10 sílabas métricas); rimas intercaladas abbaaccddc.

9) Idade e gravidade aforísticas
Reparai o idoso no hospital
com a dor que o maltrata sobre o leito,
pois, talvez, por desígnio natural,
na velhice, estareis do mesmo jeito.
Bem assim o Destino já tem feito,
combinando com a santa Natureza.
Cai a fama, a saúde e a beleza;
fica o príncipe sem ter capacidade.
Pela força da “lei da gravidade”,
cai doente na força da realeza.

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