livro guia de trabalho do revisor de texto valdir

Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

11/06/2015

Dia dos Namorados: 12 de Junho

1 Confissão 
2 Reminiscência 
3 Apreciação crítica 
Final


Ilustração

Copiado de https://www.google.com.br/search?q=imagem+do+dia+dos+namorados.
Paráfrase como epígrafe:
"Amar é ter um pássaro pousado no dedo: é saber que, a qualquer momento, ele pode voar." (Rubem Alves).


1 Confissão

        a) Tomando nota 
O Dia dos Namorados 
recai em Doze de Junho. 
Anotei de próprio punho 
os meus namoros passados; 
não foram todos lembrados, 
mas deram para dizer 
que eu também já pude ser 
feliz com meu devaneio 
de galã (e galanteio) 
no deslize do prazer. 

        b) Inconstantes 
Tive namoro infiel, 
como infiel também fui. 
Ter namoradas inclui 
um maço desse papel. 
Imitei um menestrel: 
cantei, fiquei conhecido*; 
fui lembrado e esquecido*; 
e a namorada dizia: 
"Eu quase não te queria, 
pois já és muito querido". 
* Verso modificado.

2 Reminiscência

        a) Intelectual
Eu me sentia vaidoso
"por muito estudo que tinha":
pensava que uma mocinha
via nisso um venturoso;
falava bem e garboso.
Mas eis que um Analfabeto,
falando mal e incompleto,
levou minha moça e tudo,
e eu fiquei só com o Estudo,
até achar outro Afeto.

        b) Peripécia
Certa vez, eu quis mostrar
aos olhos da namorada
como eu não temia nada —
nem burro para amansar.
Fui ao açude, tomar
um banho, e lá amansei
um potro onde me montei;
passei pela casa dela;
fui visto pela donzela.
E quase noivo, fiquei!

3 Apreciação crítica

        a) Presente
Qual é o melhor presente
neste dia de ternura,
para dar à Criatura
que não se esquece da gente?
Para muitos, é um pente,
roupa, relógio, calçado...
Mas, se eu fosse um namorado,
preferia receber
um beijo ao amanhecer
e um abraço eternizado.

        b) Alerta
Recomendo a quem namora
que procure descobrir
um amor para servir,
enquanto um desejo aflora.
Não aceite quem explora
a bondade e a inocência.
Ouça a voz da Experiência
de quem sofreu por namoro,
para não cair no choro
logo, na adolescência.

        c) Animados e inanimados
Paixão, namoro e amor!
Essa gradação tem corda
de harmonia que transborda
na frieza e no calor.
Une o cravo com a flor.
Junta o rapaz com a donzela.
Casa o pires com a tigela.
Os bichos também se amam!
E os românticos declamam
um soneto de Florbela*.
* Florbela Espanca, poetisa portuguesa.

Final

        Ninho e espinho* 
Tive mais do que amor! 
Tive amante, tive amada, 
amei também namorada. 
Achei espinho na flor. 
Fui assim, um viajor 
nas asas do coração. 
Ele solto, eu na prisão; 
ele o pássaro, eu o ninho; 
ele com a flor, eu com espinho: 
amor e separação! 
* Drama de humor irônico.

Ilustração     
Resultado de imagem para imagem de drama
https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+drama. Aceeso em 27-06-15. 

05/06/2015

Aniversário da minha filha Renata 2015


Dia do nascimento: 
5 de Junho
Poema com 9 décimas.

DURANTE O DIA

       1) Cenário
"Cinco de Junho" é uma data
que tem um novo cenário.
É o dia do aniversário
da minha filha Renata.
Hoje ouvi uma sonata
que um canarinho cantou.
O Sol frio anunciou
um calor mais moderado.
Um gato alegre e mimado,
muito mais alto, pulou.

        2) Prenúncio
O jardim amanheceu
diferente de outro dia:
cada pétala que saía
parecia um jubileu.
Muita rosa floresceu,
fazendo um lindo lençol.
Novamente olhei o Sol;
Ele disse: “É a sua filha,
que ganha essa maravilha 
um presente do Arrebol”.

        3) Duas crianças
É mais um ano de idade
que a Criança está fazendo,
enquanto está nos trazendo
amor e felicidade.
Ela é um anjo de bondade
que mora no coração.
Enche a gente de emoção,
e eu também viro criança,
neste dia de festança,
de parabéns e canção.

        4) Desembaraço
Ela é desembaraçada,
resolvendo seus problemas;
toma a frente dos dilemas.
“Renata é desenrolada.”
Desse jeito, ela é chamada
no colégio e em outro canto.
Sempre causa algum espanto
por falar sem timidez.
E assim, mais de uma vez,
já se livrou de ataranto.

        5) Parabéns
Renatinha, parabéns,
por esta Data Feliz!
És uma filha que eu quis.
Dando muito gosto, vens!
As poucas coisas que tens
dão o que te satisfaz.
O "dia cinco" nos traz
mais um ano de alegria.
Por isso, viva este dia
de brilho, de amor e paz!

OBSERVADO À NOITE

        6) Convidados
Foi uma festa singela,
foram poucos convidados.
Ficamos todos sentados
na praça, em frente à capela.
Criança, adulto e donzela
formaram a linda plateia:
uma pequena odisseia
com presente e com brinquedo.
Debaixo do arvoredo,
muito tempo, grande ideia.

        7) Preparação
Tua mãe foi dedicada 
junto com muitas amigas.
E teu irmão, sem fadigas,
gastou com a praça enfeitada.
Começou mais ajudada
pela vizinha de frente.
Depois, coletivamente,
veio apoio solidário
para o teu aniversário
ter bolo, festa e presente.

        8) Confirmação
Bem assim se confirmou
o prenúncio da alvorada,
das flores, da passarada
que a Natureza enviou.
Tudo se realizou
melhor do que foi previsto.
Na capela, estava Cristo;
veio a Lua e foi o Sol.
E o presente do arrebol?
Visto, feito, feito e visto.

        9) Agradecimento
Agradeço à Natureza
e aos santinhos do altar;
e a quem veio ajudar
com ação ou com presteza.
A festa foi de surpresa,
mas foi surpresa também
que muitas colegas têm
a Renata como amiga,
e o coração dela abriga
Amizades que convêm.

04/06/2015

Resposta ao meu primo Edízio

        Bons ventos
Meu querido primo Edízio!
Agora nos encontramos,
por meio de um vento elíseo,
soprando para onde estamos.
Este Blogue é o paraíso
de alguns ventos que pegamos.

        Amplidão
Têm mais valor meus versinhos,
sendo aprovados por ti.
Lembrei os nossos caminhos,
vendo teu retrato aqui.
A nossa história em quadrinhos
não cabe em qualquer gibi.

Paz e bondade, em nome do Bem


        a) Agradecido e sonhador
Edízio, meu primo, eu te agradeço
por ter dedicado uma página ao meu Blogue —,
fazendo com que mais uma ideia vogue
contra muitos males, abalo e tropeço.
A Paz e a Bondade estão sem endereço,
mas sempre quiseram lugar pra morar.
Por aqui, nós vamos tentando orientar
muitas criaturas de boa vontade.
O Bem com que sonha a Humanidade
é o mesmo que nós pretendemos achar.

        b) Desprendimento almejado
Ninguém é perfeito e muita gente erra.
Todo mundo sabe dessa problemática,
mas é necessário adotar uma prática
de paz e amor contra o que nos emperra.
Quem não conseguir, pelo menos, enterra
a má impressão ou alguma incerteza.
Com a ajuda de Deus ou da Natureza,
o Homem precisa ser grande e ser forte,
lutando a favor do Bem, até a morte,
sem ter recompensa por essa grandeza.

03/06/2015

Beleza do escritor

em gestos e ideias, aparência e impressão, sentimento e em gestos e ideias, aparência e impressão, sentimento e pensamento. Contém 19 estrofes.

Linha de pensamento: 
Invejar um grande vulto é seguir um bom exemplo. 

Texto concebido com a ideia de (eu) imitar os escritores que admiro ou que imaginei; em alguma estrofe, já sou eu mesmo com uma "vaidade de quem pratica a arte de escrever”.

      1) Escrever
Escrever é muito bom,
é processo trabalhoso;
mas a Arte diz o tom 
do que é mais proveitoso;
e mesmo quem não tem dom,
acha-se um pouco famoso. 

      2) Imagem, roupagem
Acho bonito o escritor,
que, com a mão, desliza a pena,
em folha grande ou pequena,
onde escreve com primor.
Pensativo ou pensador,
contempla a Sabedoria.
Imito a sua mania
de andar com uma caneta
(ou lápis) e caderneta,
rabiscando uma poesia.

      3) Hora marcada
É bonito o seu vagar —
sentado em uma cadeira,
pegando na algibeira
seu relógio, e marcar
o momento de parar
a escrita de um romance —
por temer que a Hora avance
e ele chegue atrasado
ao baile que foi marcado,
sem achar mais com quem dance.

      4) Boa impressão
Dançar sozinho, acho feio.
Mas, no caso do escritor,
"invento que é um 'ator',
encenando ali, no meio:
que, em passes de devaneio,
no salão, vai se encontrar
com a dama que vai chegar;
em romance, está pensando...
e a moça, quase chegando,
antes do show começar".

      5) Águia de livraria
Ao entrar na livraria,
é águia junto à estante.
Junto à mesa circulante,
não quer uma companhia!
Puxa a cadeira vazia
e vai se sentar sozinho.
Não quer saber de vizinho
que gosta de conversar
porque pode atrapalhar
seu voo que lhe abre caminho.

      6) Peixe de aquário
Mexendo na escrivaninha,
muda o quarto e o cenário!
Como peixe, no aquário,
não escuta campainha,
não sabe onde é a cozinha
(nem se lembra de comer).
Sua água de beber
vem de caneta e tinteiro;
e o alimento caseiro
é o tema que escrever.

      7) Traços intelectuais
O escritor não precisa
sempre estar meditativo.
Importa ser criativo,
conhecer o que analisa;
saber fazer a divisa
entre o errado e o certo;
deixar o tema em aberto
— na hora do arremate —,
suscitando o bom debate
por quem o lê mais de perto.

      8) Usando a caneta
A caneta que escreve
é, do corpo, uma extensão:
reproduz opinião
ou carta que alguém leve...
A sua tinta não deve
servir para um malfeitor.
Logo, quem for escritor
sinta amor pela caneta
e, com mesma, não cometa
ato feio ou sem valor.

      9) Dando vazão aos papéis
Escrevo por compulsão,
pois não consigo barrar
a enchente de uma vazão
que chega sem me avisar.
Tanto papel enche a mão 
que é preciso esvaziar:
em verso, prosa ou canção,
eu tenho de transformar. 

10) TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)
Meu "transtorno" de escrever
é "compulsivo", constante.
Mas também é estimulante
que me "toca" e dá prazer.
Gosto de ter e fazer
uma base construtiva
com uma via alternativa
que, aos outros, também agrade.
Essa "obsessividade"
é fase contributiva!

      11) Inveja virtuosa
Invejo o grande escritor,
querendo ser o que ele é.
"Inveja de boa-fé
suscita digno valor."
Até um grande cantor
imita outro, famoso.
Eu, como bom invejoso,
assim também me engrandeço
ou, pelo menos, pareço
um aprendiz virtuoso.

      12) Estilo e assunto
Aprendi a escrever
de um jeito que acho bonito
e a cada dia, exercito
o que estou a conceber.
Antes procuro escolher
um assunto que domine
ou, se não, que alguém me ensine;
dou forma com um novo estilo;
toco, retoco, burilo,
para que abaixo, eu assine.

      13) Autoria responsável
Então assumo a autoria
com responsabilidade.
"Autor e autoridade"
guardam esta parceria:
com a própria ideologia,
que, para uns, é viável;
para outros, condenável;
e sobre a qual, ele opina,
tem mais moral quando assina
como autor, mas, responsável. 

      14) Ser lido e cultuado
Ser lido é gratificante.
É mais do que pagamento:
é o reconhecimento
de um espírito longe e pensante.
Cada leitor é um "viajante
nas ideias" do autor;
talvez, admirador
se gostar do conteúdo;
em geral, em pouco ou tudo,
é um, do outro, cultor.

      15) Estado unido
Escritor, eu te imito
“como Bilac, ao ourives”¹
por esse estado em que vives
sempre unido ao teu escrito.
Chegas a ficar aflito —
enquanto estou corrigindo
teu livro, que está "saindo"³
com base, fontes, doutrinas
sobre o tema que dominas
e ainda estás concluindo...
Nota:
¹ Alusão à estrofe do poema Profissão de fé, Olavo Bilac:
“.................................................
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo 
Faz de uma flor.
................................................." 
² saindo: ficando pronto.

      16) Quinteto
Escritor e revisor,
poeta, ourives e flor —
todos juntos no Amor
pela arte de escrever.
Neste momento, eu prometo
ser parte desse quinteto
para o qual eu me remeto
sem nunca me arrepender.

      17) Imortais
Escritores atravessam
muitas vidas, gerações,
com as suas cogitações
que, aos homens, interessam.
Produtivos, não se apressam,
criativos ou viris.  
Retumbantes ou sutis,
são por um tempo esquecidos
mas, tempo depois, são lidos
por leitores juvenis.

      18) Abstração e metafísica
A beleza do escritor,
a mais pura ou mais inata,
é metafísica, abstrata,
qual seja a de um criador,
músico ou compositor
com a sua alma inspirada.
Pode vir do muito ou nada
e "enfeitar"* quase tudo:
vergel¹, vergôntea² e veludo,
Ipiranga³ e Pátria Amada**...
Notas:
*Enfeitar com a caneta, escrevendo sobre os tópicos.
¹Vergel: 1) terreno onde se cultiva árvore frutífera e planta ornamental; 2) jardim, horto. Do latim: “verde”.
²Vergôntea: 1) ramo da videira. 2) ramo fino de árvore ou arbusto; rebento, broto. 3) figurado: filho, descendente, prole. 4) peça de madeira, própria para se fazer mastro, verga etc. Do latim: “moita de varas, rebento”.
³Riacho Ipiranga, em São Paulo.
**Brasil. 

      19) “Livro que fala”
Cada escritor erudito
“é um ótimo livro que fala”,
quando a sua voz propala
ensino que já foi dito.
Interpreta sem dar grito
Bíblia, mitos, contos, fadas...
traz novas versões criadas,
reproduzindo as antigas.
E assim vai mantendo as ligas
com “as conversas passadas”.