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21/04/2016

Homenagem ao Dia de Tiradentes

"A corda rebenta do lado mais fraco."

        1) Ativista: o herói morto
Joaquim José da Silva Xavier
sentiu dentro da alma a bravura, onde dói:
pagou com a vida, a fama de Herói
da Inconfidência e do seu mister.
Foi contra a Coroa de uma chanceler:
da Rainha lusa; e "um brasil opaco"*.
Em outras palavras: "caiu no buraco"
da Separação com que tanto sonhava.
Lutou, mas não via enquanto lutava
que "A corda rebenta do lado mais fraco".

*Alusão ao tempo em que o Brasil era Colônia de Portugal, e não somente à Rainha que mandou enforcar Tiradentes.

        2) Suposta influênica da revolta
A história dele¹ ficou totalmente
relacionada à Inconfidência
que se deu em Minas com certa influência
de alguma revolta, em outro Continente — 
pois houve na França (estava recente)
a Revolução Popular² que eu destaco. 
Portugal ardeu-se ao perder o pataco³
que o Brasil-Colônia deixou de pagar;
prendeu Tiradentes, para esquartejar,
que "A corda rebenta do lado mais fraco".

¹O certo é “sua história”; mas foi usado “história dele” para facilitar a métrica.
²Revolução Francesa em 1789.
³Pataco — popularmente, dinheiro. Alusão à cobrança de imposto.

        3) O mártir: "bode expiatório"
Bem que a maioria dos inconfidentes
era de homens cultos, ricos, poderosos;
talvez tenham até ficado mais famosos,
depois que quiseram ser independentes*.
Porém um Tenente, que era Tiradentes,
ficou sem saída: culpado e velhaco?
Entrou na “sinuca de bico”¹, sem taco²;
virou, afinal, um “bode expiatório”³;
morreu sem direito a ter um velório?
que "A corda rebenta do lado mais fraco".

*Alusão à elite mineira daquela época.
¹Situação onde a pessoa não tem saída. 
²Sem arma de pau e nem outra qualquer.
³Pessoa a quem se atribui toda culpa e revés.

      4) "A corda de Tiradentes"
O pássaro sonhava com a liberdade
porque se achava amarrado no ninho
ou como uma ave furada de espinho,
contando os buracos da perversidade.
Achou que isso era arbitrariedade,
“o pássaro no ninho, a cobra no buraco”;
“’sinuca de bico’, pancada de taco”;
o jogo era bruto e o veneno, mortal.
E o Brasil-Colônia disse a Portugal
que “A corda rebenta do lado mais fraco”.

*"Liberdade ainda que tardia" é a tradução de Libertas Quæ Sera Tamen, proposta pelos inconfidentes para marcar a bandeira da república que idealizaram, na Capitania [dos Portos] de Minas Gerais (https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_ainda_que_tardia).
Mote em undecassílabo de uma linha. Estrofes em décimas (10 versos). Versos em undecassílabos (11 sílabas poéticas) semelhantes aos do "galope à beira-mar". Rimas: abbaaccddc.
Referência: http://www.historiadetudo.com/dia-tiradentes.

      5) Adendo ao mote: 
          Reconhecimento da bravura
"Liberdade ainda que [seja] tardia."*
Botaram essa frase em uma bandeira;
foi lema da Inconfidência Mineira
que nasceu no ventre da mãe Rebeldia.
O lema foi feito na Capitania, 
entrou na Bandeira de Minas Gerais.
Hoje Tiradentes tem mérito a mais:
é “O Patrono Cívico do [nosso] Brasil”.
Virou feriado "vinte e um de abril" 
quando o transformaram em restos mortais.

Jesus e Tiradentes < Clicar aqui
Tributação e enforcamento < Clicar aqui

Notas: 
1ª) Morte de Tiradentes: 21 de Abril de 1792. Feriado Nacional: 21 de Abril.
2ª) O ano foi perto da Revolução Francesa, em 1789.
3ª) Mote em um verso ou em uma linha: hendecassílabos (versos de 11 sílabas métricas). Décima: estrofe com 10 versos.

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