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Livro REVISÃO DE TEXTO: correção ortográfica, revisão redacional e metodológica, e copidesque ou copidescagem > Clicar Aqui. É o livro-guia de trabalho do Revisor de Texto Valdir Loureiro: conceitual e metódico, serve para nortear os procedimentos que disponibilizamos na função de revisor textual e de copidesque, podendo virar um atrativo autêntico dessa oferta, um cartão de visita “sui generis" (como poucos) para divulgar essa atuação.

20/02/2018

Poética de Valdir ou poética valdiriana

A minha poética, supostamente entendida como a minha técnica de fazer verso, apresenta pequenas características diferentes de muitos estilos, bem como tem algumas semelhantes a outros.

Não comecei a escrever assim. Adquiri o hábito no decorrer do tempo, durante um processo de aperfeiçoamento que vou chamar aqui "normas da versificação do poema e componentes metódicos de que o mesmo se reveste".

1 Marcas diferentes ou inovadas

Poema e poemeto. Considerando que "o soneto é um poema e que o mesmo tem catorze versos", eu denomino poemeto (poema pequeno) uma composição de treze versos ou menos, agrupados em estrofes, e adoto esse critério na minha sonhada arte poética.
Costumo atribuir um título a cada estrofe de qualquer tamanho: da quadrinha à estrofe “bárbara” (com mais de 10 versos). O título pode ser temático ou metafórico. Informa logo a pista do assunto.

Cada título possui tamanho quase metrificado com os outros, de uma a quatro palavras cada qual, e não pode ser maior do que o verso respectivo. 

Uma regra minha é que todo título de postagem contenha três ou quatro palavras: a intenção é torná-los quase metrificados (do mesmo tamanho, entre si). Essa padronização fica bonita e agrada os olhos da pessoa. 

Além disso, gosto de permear cada estrofe com algum verso de conotação aforística pensada por mim, ou, parafraseando um provérbio (caso em que faço a notinha de rodapé na estrofe). Quanto mais perto chegar de um aforismo, mais é convincente. (O aforismo deve ser uma regra tão evidente que não precise de explicação.) Excepcionalmente sai uma estrofe toda aforística.

Quando consigo, adoto um estilo soneteano (à moda soneto) em cada estrofe, notadamente, na de 10 versos (décima): com 1 ou 2 versos introdutórios (afirmando, negando ou perguntando); 1 ou 2 conclusivos (deduzindo ou induzindo e raramente, perguntando); e com desenvolvimento dissertativo "explicativo" (não é argumentativo) nos seis ou oito versos intermediários (evidenciando ideias encadeadas, "pegando a deixa" pelo meio) até fechar com "chave, que não é de ouro, mas deve reluzir um pouco". Por isso, a estrofe pode até ser dividida em dois quartetos e dois dísticos, ficando com um "jeito soneteano".

Também, quando é possível, faço um dístico (dois versos) no meio da estrofe ou perto do meio, que fazem ligação com os demais ou os "enriquecem"

Recorro muito à metáfora categórica ("isto é aquilo") ou comparativa (isto é como aquilo). A propósito, quem usava muita metáfora e hipérbole juntas era Castro Alves; exemplo: "O livro... é chuva que faz o mar..." (comparação exagerada).


Faço a minha autocrítica. Sou afeiçoado à crítica, de bom humor e à ironia crítica leve, mesmo quando se refere à minha pessoa individual; alguma vez não posso ocultar o lado amargo da ironia que está no próprio enredo —, mas faço tudo sem depreciar a pessoa de ninguém; nesse caso, utilizo a forma impessoal, ressalva do caso e outro meio. Serve para fazer o leitor sorrir intimamente.

Quando só um verso fica valendo como frase, verifico se cabem reticências, fazendo-lhe um complemento subentendido que, talvez, o leitor espere.

Não sendo um poema de natureza técnica, científica nem histórica, adoto a linguagem simples e clara, mantendo a linha erudita sempre que for possível; quando entro na expressão popular, regionalismo, etc., faço a ressalva no rodapé.

2 Marcas semelhantes ou conhecidas

Procuro organizar o poema, dividindo o mesmo em seções, podendo chegar aos capítulos, de acordo com a extensão. É uma tentativa de sistematizar o texto (em verso).


Faço um Sumário (com número das páginas) ou Índice (que não tem essa numeração). Assim o leitor escolhe rápido o que vai ler.

Pela regra, a letra inicial de cada verso pode ser sempre maiúscula. Mas cada verso meu começa com letra inicial maiúscula ou minúscula  de acordo com a pontuação que lhe faça sentido e a regra das letras iniciais das palavras. Isso confere muita clareza à mensagem.

Cada estrofe é autônoma com sua mensagem própria (levando seu sentido para onde for), podendo ser lida fora do contexto onde se encontra, mas deve estar vinculada à maior mensagem do poema ou poemeto (esse tem poucas estrofes). Componho algumas vezes duas estrofes que se complementam, quando o subtema não cabe em uma só.

Valorizo a nota de rodapé, na sua função de explicar ideia, esclarecer opinião, complementar conceito, dizer o significado de palavra difícil, etc.  para quem é menos versado no tema ou na arte poética — bem como para explicar falha minha na escrita, perante o leitor culto ou erudito. Lendo poesia, uma pessoa não interrompe a leitura para pesquisar, devido à sensação agradável que a mesma deve proporcionar; por isso, é bom fazer nota explicativa.

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